Tirar manchas de bolor em banheiro: Em um balde, misture uma
colher de sopa de detergente, um quarto de produto alvejante (água sanitária)
ou anti-séptico e três quartos de água.Aplique a mistura diretamente nas
paredes, teto, cortinas ou outras partes afetadas e deixe agir por 5 a 10 minutos.
Vista luvas nas mãos e esfregue a área com uma esponja molhada em um pouco de água. Se precisar limpar as arestas entre os azulejos, use uma escova de dente velha. Enxágüe bem e passe um bactericida ou fungicida na área, deixe agir por5
a 10 minutos para "matar" o que sobrou dos
fungos
Enxágüe bem e abra as janelas e portas para arejar o ambiente e secar.
Para evitar que o mofo volte a aparecer, é preciso arejar o ambiente, já que a umidade é o principal fator facilitador para a propagação dos fungos, que causam o mofo. Por isso, abra as janelas do banheiro diariamente, principalmente as do box (chuveiro).
Atenção: Não deixe que a mistura usada para retirar o mofo entre em contato com tecidos ou carpete. Limpe os sapatos que você estiver usando, antes de sair do banheiro e pisar em outro ambiente da casa.
Vista luvas nas mãos e esfregue a área com uma esponja molhada em um pouco de água. Se precisar limpar as arestas entre os azulejos, use uma escova de dente velha. Enxágüe bem e passe um bactericida ou fungicida na área, deixe agir por
Enxágüe bem e abra as janelas e portas para arejar o ambiente e secar.
Para evitar que o mofo volte a aparecer, é preciso arejar o ambiente, já que a umidade é o principal fator facilitador para a propagação dos fungos, que causam o mofo. Por isso, abra as janelas do banheiro diariamente, principalmente as do box (chuveiro).
Atenção: Não deixe que a mistura usada para retirar o mofo entre em contato com tecidos ou carpete. Limpe os sapatos que você estiver usando, antes de sair do banheiro e pisar em outro ambiente da casa.
“Olhar pro sol, só ver janela e cortina”
- Nando Reis
Há pessoas que olham para além das coisas. Todos nós temos a
capacidade, especialmente na infância, de relaxar os olhos e passar da parede
opaca, do objeto que se coloca ao nosso olhar, para algo distante, atrás da imagem física que reflete a luz
captada pela retina. E nesse momento, sem saber, ou às vezes sabendo, nós
despencamos no Ser e ali nadamos, vagamos pelas memórias, ou antes as memórias
passam por nós, como o RNA passa pelo ribossoma, essa entidade passiva leitora
que decodifica e decodifica, sem interpretar, sem alterar a obra do código
genético.
Donas de casa não fazem isso.
Olhava para o azulejo ao seu lado, perplexa. Sentada sobre a
tampa da privada, pois sob o pretexto das funções fisiológicas, o banheiro é o
último lugar em que a dona de casa pode se olhar em todas as qualidades de
espelhos, físicos, psíquicos. Quanta brancura!, pensava deslumbrada, aquela
superfície de porcelana tão homogênea, milagrosamente homogênea, que parecia
ter despencado do mundo dos sonhos de todas as donas de casa, mediado pelas
mãos de um arquiteto demiurgo, para materializar-se assim à sua volta, tão
límpida, pura e branca. Quanta sinceridade naqueles azulejos, que limpava um a
um com Veja Desinfetante, em movimentos lentos, circulares, o paninho cheiroso,
a superfície reflexiva que, bem de pertinho, refletia o seu sorriso. Era alguma
coisa divina. Contemplava assim, primeiro o conjunto da parede, depois
individualmente os quadrados brancos, e deleitava-se com o fato de não haver
individualidade. Fora marxista, ela, lembrava-se agora de Trotsky a dizer,
acerca da dialética, que não existem dois objetos iguais, que nenhum objeto é
inteiramente igual a si mesmo, mas Trotsky, pensou ela agora dando-se um luxo
de filósofa, Trotsky não era dona de casa! E olhava, conferindo um a um, a
maravilha da produção em escala industrial, aqueles objetos idênticos a si
próprios e aos azulejos adjacentes. Aquelas coisas mortas, imóveis,
previsíveis, maravilhosas. A imagem do equilíbrio.
O rejunte... que beleza, o rejunte! Feito de massa corrida
bem branquinha, a equipe do engenheiro que executara a obra trabalhando sob o
chicote do seu olhar. Entrava assim mesmo, de avental e luvas de borracha na
obra, bobs no cabelo, e dizia sem se
fazer de entendida, “quero tudo direitinho”. Traiçoeira escolha, a massa branca
rapidamente mofa sob a umidade elemental do banheiro, e depois de muito testar
diferentes produtos achou na internet uma receita infalível. Imprimiu, guardou
numa gaveta sobre artigos feministas e livros de teoria econômica, pois lhe
pareceu que nunca antes na história da humanidade o bolor havia sido vencido de
forma tão definitiva, triunfal! Observava o triunfo do rejunte perfeitamente
branco, que lhe custara dias de vapores tóxicos e uma pequena escova de dentes.
Trabalho milimétrico, admirava o rejunte como largas estradas onde seu olhar
voluptuoso deslizava. Nas grandes retas, deixava o olhar escorregar, pegando
velocidade, sentia o vento de alvejante nas narinas, o cabelo bater-lhe no
rosto. Ao sentir a aproximação de curva fechada, toda prudente, tinha o prazer
de passar a marcha, sem esquecer da embreagem, desembestava-se por uma nova reta,
paralela ao chão, onde não se pegava tanta velocidade assim. Um vale entre dois
penhascos de louça branca. No horizonte, um blindex.
Ergueu a mão, o fino dedo. As substâncias de limpeza haviam
lhe comido, primeiro, o esmalte. Em seguida, mesmo sob a luva, as impressões
digitais. Ergueu a mão, o fino dedo, e com muita ousadia, colocando em jogo a
impecabilidade da limpeza, quis percorrer com o tato aquela linha branca tão
perfeita. Foi até a quina da parede e, com o dedo, escolheu um dos sulcos entre
duas fileiras de azulejos. Gostou do toque, frio nas bordas, mas no centro um
pouco mais morno. O rejunte não acumulava o frio. E foi assim, um pouco
temerosa a princípio, apreciando o toque, para despencar no amor à velocidade.
O banheiro, um borrão à sua volta, e um baque: no auge da ousadia,
esborrachou-se contra o blindex.
Vi minha própria mãe nessa história.
ResponderExcluirPorra, Carmen, você é foda e eu te amo.